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A vida não espera estarmos prontos para nada que ela parece que nunca tenha tempo, o nosso tempo. Tudo é imprevisível, nada é seguro, e a todo instante nos depararmos com o que não qu gostaríamos, jamais esperávamos. Porque sempre teremos a impressão de que ainda não estamos preparados para atravessar as provas que nos impõe inadvertidamente, dia sim e no outro de novo. Nunca estaremos seguramente prontos, principalmente para sofrer os reveses, que não serão poucos. É bom nos percebermos, planejarmos, economizamos, para que possamos atravessar as ventanias com maior segurança e viver uma velhice ao menos tranquila, porém, caso essa tentativa de controle for excessiva, acabaremos decepcionando amargamente. Porque, como disse anteriormente, nada nesta vida é uma certeza é apenas a segurança do amor verdadeiro é que nos sustentará durante as noites frias que virão. O amor verdadeiro, sim, é a certeza da vida, nem mais.

Vida mais Simples

Trânsito está parado. As pessoas correm de um lado para o outro. As buzinas infernais de carros. Esse é o cenário típico da vida nas grandes cidades. Nesse caos rotineiro, é importante parar e focar no que agrega satisfação para você. Algo como uma recompensa por um dia estafante ou até mesmo uma forma de buscar momentos especiais e tornar o dia mais leve. Nessa hora, nada melhor do que adoçar o seu dia! Você pode reunir mecanismos como gentileza, amizade, altruísmo e generosidade num encontro com amigos para um lanche da tarde. Rever pessoas queridas sempre traz benefícios emocionais e fortalece a consciência de nosso papel social. Receber um carinho daquela pessoa amada, até mesmo pelo telefone ou no whatsapp.  Outra forma de se sentir bem é se presentear com algo que goste a cada três tarefas obrigatórias cumpridas. Por exemplo, terminou aquele trabalho que vinha consumindo seu tempo livre há meses? Então, que tal se presentar com uma voltinha no quarteirão, uma lembrança

O Retorno

Há vários anos, fui companheiro de viagem de um ancião que sentou ao meu lado, e sem que perguntasse, contou-me, depois de várias tentativas sem sucesso, sobre sua felicidade por estar voltando para sua cidade natal por ter sido jubilado no emprego. Contemplei as lágrimas no seu rosto, o brilho nos seus olhos, empolgação ao falar das dificuldades que enfrentou ao longo do tempo e a tristeza de estar voltando num momento em que suas forças já não eram as mesmas de sua mocidade. Muito tempo se passou depois daquela conversa. As árvores, os postes, as casas, os campos, o horizonte, tudo corria em busca de novos sonhos. Cada momento que passava, sentia que estava mais perto de chegar no meu tão esperado destino. Olhando para o céu, podia contemplar a lua e as estrelas, essas sim, às vezes à esquerda ou à direita, não importava, a verdade era que elas eram fiéis companheiras pela noite, pois estavam sempre comigo pela estrada afora, não importando a imperfeição da situação, não impor

Curtindo a vida "adoidado"

Salve Ferris A década de 80 foi de muita criatividade cultural em todas as áreas e em vários países. Muitos grupos clássicos de música brasileira, como Paralamas e Legião Urbana surgiram nessa época. Mas também foram anos muito produtivos na indústria cinematográfica americana. Nessa década surgiram filmes como "Curtindo a vida adoidado" que contava a história de Ferris Bueller, um garoto que decidiu tirar um dia de folga de sua vida "chata" e monótona junto com o seu melhor amigo e sua namorada. O filme fez muito sucesso, se tornou um clássico e ainda faz fãs pelo mundo inteiro. Isso acontece porque no fundo, no fundo, todos nós temos vontade de ter um dia de Ferris Bueller. Mas como podemos realmente aproveitar um dia de folga? Como podemos curtir a vida nas nossas férias e em nossas folga? Por que tirar um dia de folga? Quando Deus terminou de criar o mundo em 6 dias, a Bíblia diz que ele descansou no sétimo. Provavelmente Moisés escreveu isso

Vencendo a barreira do medo

Um dos maiores obstáculos que precisamos superar na vida é o medo. Por mais que tenhamos consciência disso, vencer este bloqueio não é uma tarefa simples. Isto porque, de modo geral, o medo se relaciona com emoções negativas que vivenciamos que deixaram marcas em nossa memória e, mais do que isto, em nossas células. Libertar-se das lembranças que geraram o medo exige uma grande disposição interior, pois, para sair do estado de sofrimento em que as memórias dolorosas nos colocam, às vezes é necessário revivê-las muitas e muitas vezes, até que se tornem apenas uma pálida lembrança. Alguns se recusam a enfrentar este momento difícil, ainda que saibam que é uma passagem necessária em direção à paz. As armaduras corporais que se formam a partir do medo bloqueiam nossa energia vital e trazem inúmeras consequências não apenas para a nossa saúde, mas para o desenvolvimento pleno de nosso poder interior. A partir do momento em que nos reconhecemos paralisados pelo medo, precisamos ter a corage
Existem duas dores de amor:  A primeira é quando a relação termina e a gente,  seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,  com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,  já que ainda estamos tão embrulhados na dor  que não conseguimos ver luz no fim do túnel. A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,  a dor de virar desimportante para o ser amado.  Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:  a dor de abandonar o amor que sentíamos.  A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,  sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também… Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.  Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,  lembrança de uma ép
Não tenho nada.  Nunca tive. Tenho apenas aquilo que sou. Pura e simplesmente. Não sei se é muito ou pouco, sei apenas o quão difícil é ser-se quem se é, sem rima nem mestria, perante a magnitude dos gestos que marcam a inevitabilidade do destino. Do alto desta estatueta peregrina que sou eu, às vezes sinto que ando em círculos, preso a uma geometria obscena, onde tudo parece imutável e onde a única coisa que muda não é o caminho, mas a perspectiva. Ou se calhar é ao contrário. Não sei. Não sei nada.  Entre a dor e a sombra, tudo o que perdura permanece assim... suspenso no tempo dos círculos infinitos. Às vezes a vista lança-se feroz para lá do horizonte daquilo que nunca serei. Sinto medo e volto atrás. Depois há aqueles dias em que ganho coragem e toco muito ao de leve bem no centro desse círculo que é meu. E lá encontro sempre a dor escondida, que arde aos poucos, no meio de uma chama que não se extingue. Assalta-me a vontade de fugir para um espaço suspenso no universo das coisas