A vida não espera estarmos prontos para nada que ela parece que nunca tenha tempo, o nosso tempo. Tudo é imprevisível, nada é seguro, e a todo instante nos depararmos com o que não qu gostaríamos, jamais esperávamos. Porque sempre teremos a impressão de que ainda não estamos preparados para atravessar as provas que nos impõe inadvertidamente, dia sim e no outro de novo. Nunca estaremos seguramente prontos, principalmente para sofrer os reveses, que não serão poucos. É bom nos percebermos, planejarmos, economizamos, para que possamos atravessar as ventanias com maior segurança e viver uma velhice ao menos tranquila, porém, caso essa tentativa de controle for excessiva, acabaremos decepcionando amargamente. Porque, como disse anteriormente, nada nesta vida é uma certeza é apenas a segurança do amor verdadeiro é que nos sustentará durante as noites frias que virão. O amor verdadeiro, sim, é a certeza da vida, nem mais.
Postagens mais visitadas deste blog
Vencendo a barreira do medo
Um dos maiores obstáculos que precisamos superar na vida é o medo. Por mais que tenhamos consciência disso, vencer este bloqueio não é uma tarefa simples. Isto porque, de modo geral, o medo se relaciona com emoções negativas que vivenciamos que deixaram marcas em nossa memória e, mais do que isto, em nossas células. Libertar-se das lembranças que geraram o medo exige uma grande disposição interior, pois, para sair do estado de sofrimento em que as memórias dolorosas nos colocam, às vezes é necessário revivê-las muitas e muitas vezes, até que se tornem apenas uma pálida lembrança. Alguns se recusam a enfrentar este momento difícil, ainda que saibam que é uma passagem necessária em direção à paz. As armaduras corporais que se formam a partir do medo bloqueiam nossa energia vital e trazem inúmeras consequências não apenas para a nossa saúde, mas para o desenvolvimento pleno de nosso poder interior. A partir do momento em que nos reconhecemos paralisados pelo medo, precisamos ter a corage...
O Retorno
Há vários anos, fui companheiro de viagem de um ancião que sentou ao meu lado, e sem que perguntasse, contou-me, depois de várias tentativas sem sucesso, sobre sua felicidade por estar voltando para sua cidade natal por ter sido jubilado no emprego. Contemplei as lágrimas no seu rosto, o brilho nos seus olhos, empolgação ao falar das dificuldades que enfrentou ao longo do tempo e a tristeza de estar voltando num momento em que suas forças já não eram as mesmas de sua mocidade. Muito tempo se passou depois daquela conversa. As árvores, os postes, as casas, os campos, o horizonte, tudo corria em busca de novos sonhos. Cada momento que passava, sentia que estava mais perto de chegar no meu tão esperado destino. Olhando para o céu, podia contemplar a lua e as estrelas, essas sim, às vezes à esquerda ou à direita, não importava, a verdade era que elas eram fiéis companheiras pela noite, pois estavam sempre comigo pela estrada afora, não importando a imperfeição da situação, não impor...
Comentários
Postar um comentário