Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Antes da viagem o silêncio do monitor me fascina, me enfeitiça, me fala de lugares em que eu gostaria de estar, de pessoas que eu gostaria de conhecer, de uma outra forma de mim mesmo em que gostaria de existir e que me está disponível. Começo então a inventar linhas imaginárias, teias de bits, e a enxergar a possibilidade de estar nesses lugares, rodar madrugadas inteiras viajando, conhecer essas pessoas, existir nesse espaço e nesse tempo ...Olho para o screen apagado, para a possibilidade da viagem, e procuro uma explicação. Enquanto isso, lá fora, a tarde morre, sem muitas explicações. Sonhador parto então para a viagem, navego entre bits e cores esperando sempre encontrar a palavra definitiva, o gesto, a explicação, nem que seja em algum beco escuro da manhã. Através do monitor contemplo agora o sol se pondo em Lajeado, e tenho uma vontade imensa de arranhar a noite com as minhas unhas de bits, esculpidas por esse novo tempo em que vivo. Navego devorado pela minha própria ansiedad
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